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Equality Now Submits an Amicus Brief in Brazil to Promote the Enforcement of International Standards in the Case of Thelma Fardin, a Victim of Teenage Rape

Equality Now filed an Amicus Curiae before a Federal Regional Court in Brazil regarding the case of Thelma Inés Fardin, an Argentine actress who was 16 years old when she was raped by actor Juan Rafael Pacífico, who was 45 years old at the time. The victim suffered severe bodily injuries that disabled her and endangered her life and health, in addition to facing depression and other psychological traumas, such as post-traumatic stress disorder, which persist to date and have affected her personal and professional life in a devastating way. Legally, the regional court in Brazil has not yet recognized that the acts committed against the victim constitute the crime of rape, nor has it taken into account that the perpetrator had an unequal relationship of power and authority over her, assessing the events under legal figures such as ‘libidinous acts’, which do not correspond to the facts and which devalue the victim’s testimony and perpetuate the impunity of the aggressor.

The primary purpose of Equality Now’s intervention in the case is to promote the effective application by the Fifth Chamber of the Federal Regional Court of the 3rd Region, in São Paulo, Brazil, of the regional standards established in the American Convention, the Convention of Belém do Pará, and other human rights instruments that the State of Brazil has ratified and that should be part of its legal system. Based on these standards, the brief argues that the State must comply with its duty to guarantee adequate protection of the rights of girls, adolescents and women who have been victims of sexual violence, recognizing the lack of consent as the central pillar to sexual violence crimes.

This case not only represents an opportunity for the Brazilian justice system to establish a crucial precedent in relation to the lack of consent as a central element in crimes of sexual violence, but also offers the possibility of recognizing that institutional violence or cruel, inhuman or degrading treatment exercised by judicial personnel against victims not only revictimizes them, but also hinders their access to justice.

Equality Now is confident that the intervention of the Amicus Curiae will contribute to the strengthening of judicial and regulatory mechanisms in the region to effectively and forcefully address sexual violence and end impunity for aggressors.

En español

Equality Now presenta Amicus Curiae en Brasil para promover el cumplimiento de las obligaciones internacionales del Estado en el caso de Thelma Fardin, víctima de violación en la adolescencia

Equality Now presentó un Amicus Curiae ante un Tribunal Regional Federal en Brasil sobre el caso de Thelma Inés Fardin, actriz argentina que tenía 16 años de edad cuando fue violada por el actor Juan Rafael Pacífico, quien tenía 45 años en ese momento. La víctima sufrió lesiones corporales graves que la incapacitaron y pusieron en peligro su vida y salud, además de enfrentar depresión y otros traumas psicológicos, como el estrés postraumático, que perduran hasta la fecha y han afectado su vida personal y profesional de manera devastadora. En materia legal, el Tribunal Regional aún no ha reconocido que los actos cometidos contra la víctima constituyan el delito de violación, ni ha tenido en cuenta que el agresor tenía una relación desigual de poder y autoridad sobre ella, calificando los hechos bajo disposicione jurídicas como “actos libidinosos”, que no se corresponden con los hechos y que devalúan el testimonio de la víctima y perpetúan la impunidad del agresor.

El propósito primordial de la intervención de Equality Now en el caso es promover que la Quinta Sala del Tribunal Regional Federal de la 3ª Región, en São Paulo, Brasil, aplique a este caso los estándares regionales establecidos en la Convención Americana, la Convención de Belém do Pará y otros instrumentos de derechos humanos que el Estado de Brasil ha ratificado y que deberían ser parte de su ordenamiento jurídico. 

Con base en estos estándares, se argumenta que el Estado debe cumplir con su deber de garantizar una adecuada protección de los derechos de las niñas, adolescentes y mujeres que han sido víctimas de violencia sexual, reconociendo la falta de consentimiento como pilar central de los delitos de violencia sexual.

Este caso no solo representa una oportunidad para la justicia brasileña de establecer un precedente crucial en relación con la falta de consentimiento como elemento central en los delitos de violencia sexual, sino que también brinda la posibilidad de reconocer que la violencia institucional o los tratos crueles, inhumanos o degradantes ejercidos por el personal judicial contra las víctimas, no solo las revictimiza, sino que además obstaculiza el acceso a la justicia.

Equality Now confía en que la intervención del Amicus Curiae contribuirá al fortalecimiento de los mecanismos judiciales y normativos en la región para abordar de manera efectiva y contundente la violencia sexual y acabar con la impunidad de los agresores sexuales.

Em português

Equality Now apresenta Amicus Curiae no Brasil para promover o cumprimento das obrigações internacionais de Thelma Fardin, que foi vítima de estupro na adolescência

A Equality Now apresentou um Amicus Curiae perante Tribunal Regional Federal 

da 3a Região – 5a turma, Brasil, no caso de Thelma Inés Fardin, uma atriz argentina que tinha 16 anos quando foi estuprada pelo ator Juan Rafael Pacífico, que tinha 45 anos na época. A vítima sofreu lesões corporais graves que a incapacitaram e colocaram em risco sua vida e saúde, além de depressão e outros traumas psicológicos, como transtorno de estresse pós-traumático, que perduram até hoje e afetaram sua vida pessoal e profissional de forma devastadora. No âmbito jurídico, o Tribunal Regional ainda não reconheceu que os atos cometidos contra a vítima configuram o crime de estupro, nem levou em conta que o agressor tinha uma relação desigual de poder e autoridade sobre ela, qualificando os fatos nos termos das disposições legais como “atos libidinosos”, que não correspondem aos fatos e que desvalorizam o testemunho da vítima e perpetuam a impunidade do agressor.

O objetivo principal da intervenção da Equality Now no caso é defender que a justiça aplique a este caso os parâmetros regionais estabelecidos na Convenção Americana, na Convenção de Belém do Pará e em outros instrumentos de direitos humanos que o Estado do Brasil ratificou e que devem fazer parte de seu sistema jurídico. 

Com base nesses parâmetros, argumenta-se que o Estado deve cumprir seu dever de garantir a proteção adequada dos direitos de meninas, adolescentes e mulheres vítimas de violência sexual, reconhecendo a falta de consentimento como um pilar central dos crimes de violência sexual.

O objetivo principal da intervenção da Equality Now no caso é defender que a justiça aplique a este caso os parâmetros regionais estabelecidos na Convenção Americana, na Convenção de Belém do Pará e em outros instrumentos de direitos humanos que o Estado do Brasil ratificou e que devem fazer parte de seu sistema jurídico. 

Com base nesses parâmetros, argumenta-se que o Estado deve cumprir seu dever de garantir a proteção adequada dos direitos de meninas, adolescentes e mulheres vítimas de violência sexual, reconhecendo a falta de consentimento como um pilar central dos crimes de violência sexual.

Este caso representa não apenas uma oportunidade para que o judiciário brasileiro estabeleça um precedente crucial em relação à falta de consentimento como elemento central em crimes de violência sexual, mas também uma oportunidade para reconhecer que a violência institucional ou o tratamento cruel, desumano ou degradante por parte de funcionários do judiciário contra as vítimas não apenas as revitimiza, mas também dificulta seu acesso à justiça.

A Equality Now está confiante de que a intervenção do Amicus Curiae contribuirá para o fortalecimento dos mecanismos judiciais e normativos na região, a fim de enfrentar a violência sexual de forma eficaz e contundente e acabar com a impunidade dos agressores.

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